Momento II

Preciso do momento
Daquele momento em que não finjo
Daquele momento em que ponho a nú o que sou
Preciso do momento
Daquele momento em que nada mais existe
Daquele momento onde os ruídos não entram e os pensamentos não perturbam
Preciso do momento
Daquele momento onde a suavidade e a textura me levam a caminhar sem pisar no chão
Daquele momento onde as núvens altas e brancas se tornam no meu caminho
Preciso do momento...

Reencontrar

Tenho necessidade de me reencontrar.
Perdi-me… daquilo que sou… daquilo que quero… daquilo que sinto.
Nego uma necessidade de encontrar o meu caminho, de encontrar o meu Eu.
Quero agarrar a oportunidade de arriscar. Arriscar a acreditar em mim, arriscar a tentar, arriscar a perder medo. Hoje, a única coisa que quero é perder o medo!
E são vários os medos que entram de rompante pela minha alma. Uma alma com rosto mas um rosto escondido pela incerteza.
Hoje quero perder o maior medo! O medo de ser Eu! Quero deixar a incerteza de lado, viver o que sou, acreditar nas minhas escolhas e descobrir os meus caminhos.
Nada do que pode ser benéfico o quero negar, tudo o que pode beneficiar quero ver como ensinamentos. Não quero sentir que o que sinto é errado; não quero pensar que o que penso é mau.
Quero aceitar que o que penso faz parte de mim, quero aceitar que o que escolho será o meu caminho, quero aceitar que os sentimentos serão a minha porta. A porta que se abre para reencontrar o meu Eu.
Neste reencontro vou levar o meu coração pois só ele me fará acreditar nos meus sentimentos.
Neste reencontro vou levar a minha alma pois só ela me fará acreditar quem sou eu.

Dedico a todos os meus amigos que actualmente passam por momentos menos bons nas suas vidas.


“Conta-me e eu vou esquecer
Mostra-me e eu vou lembrar
Envolve-me e eu vou entender”
(Confúcio)

Sonhar

Paulo Coelho no seu livro “O Alquimista” transmite uma certa coragem para lutar pelos nossos sonhos – “Só uma coisa torna o sonho impossível, o medo de fracassar”. O medo é um sentimento legítimo quando se trata de realizar os sonhos. Ninguém gosta de fracassar, ninguém gosta de ver um sonho esvair-se por entre as sinuosidades da vida que vivemos.
Dizia o poeta que “o sonho comanda a vida”. Comanda… mais não seja por acreditar que o sonho nos preenche e que, talvez um dia, se concretize por obra e graça do Espírito Santo…
Contudo, ousar realizá-lo dá-nos sempre uma sensação de insegurança e até por vezes um certo mal-estar pela incerteza do que vamos encontrar. É certo! Se não ousarmos correr atrás dos nossos sonhos nunca saberemos se são concretizáveis. Podemos concretizá-los e realizarmo-nos enquanto seres humanos, seja essa realização profissional, amorosa, social, pessoal.
Ou, por outro lado, o pior da situação aparece quando os sonhos não passam de sonhos e não têm pernas para andar. E como ter esta certeza? Não se tem se não se arriscar.
Então e o medo? E o sentimento de fracasso? O sentimento de ilusão? O sentimento de rejeição? O que fazer com estes sentimentos que invadem e que se tornam mais fortes do que tudo quando nem nós mesmos acreditamos no(s) nosso(s) sonho(s)? O que depende, afinal, a concretização dos sonhos ou o seu “falhanço”? Depende só de nós? Depende de nós e dos outros? Depende só dos outros?
Estas incertezas levam-me ao medo! Ao medo de fracassar e de não conseguir concretizar os meus sonhos. Ao medo de concretizá-los e perdê-los de seguida! Ao medo de não ousar em realizar!
Leva-me a olhar para trás: Deparo-me com tudo! Sonhos que concretizei! Sonhos que me realizaram! Sonhos que nunca ousei arriscar! Sonhos que foram realizados e que tiveram um fim que não sonhei. Sonhos que não descodifico! Sonhos que não levam a lado nenhum! Sonhos altos! Sonhos baixos! Sonhos requintados! Sonhos banais! Sonhos…

Chego à conclusão que tenho medo de sonhar e sonho não ter esse medo!

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