Sopramos segredos
Em palavras vãs que se escorrem no tempo
A claridade da luz
Não permite ver para além do necessário
Estranho seria
Se um dia, por breves instantes
Tudo ficasse claro
Deleitando um rio límpido e translúcido
Por onde as rochas desmaiadas
Assombrariam um passado
Nos campos, (de)lírios ficariam
Desejando que o vento os levasse
Não por desproveito ou insanidade
Mas por ensejo do que a nós é único
Tornando a realidade
Numa eloquente verdade
Jamais choraria
Num futuro irrequieto
Relembrar de um passado
Proveitoso e secreto
Talvez se torne aberto
Talvez se perca no tempo
Mas a certeza
É que um dia, o dia foi dia
De ter a alegria de passar pelo incerto
Tamanhas rosas
Não permitem ofuscar
A serenidade e a paz atingida
Quando, a par da lucidez
Se junta a insensatez.
Patrícia Pimenta
05/10/2008
(In)Certo
Publicada por
Patrícia
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
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